segunda-feira, 13 de maio de 2013

LinkedIn completa 10 anos e busca expansão



Rede para profissionais tem 180 mil usuários no Ceará e 1,2 milhão no Nordeste, para onde volta a sua atençãoAs redes sociais mais badaladas do momento - como Facebook e Instagram - envolvem o gosto do usuário em compartilhar um pouco - ou quase tudo - de sua vida pessoal com amigos através da publicação de fotos ou vídeos. Nascido em 2003 - antes dessa febre contagiar a rede - e totalmente focado na carreira profissional dos usuários, o LinkedIn se mantém em alta nos dias de hoje. Com 225 milhões de usuários no mundo, sendo 12 milhões no Brasil, o serviço ganha 100 mil novos usuários por semana. Ainda com muito potencial para crescimento no Ceará, o LinkedIn conta com cerca de 180 mil usuários no Estado. No Nordeste, são 1,2 milhão de profissionais membros dessa rede.
Milton Beck, diretor de vendas do LinkedIn, diz que Fortaleza foi a primeira capital do Nordeste - e a única neste semestre - a receber um evento para divulgar o potencial da rede social para os clientes corporativos Foto: Lucas de Menezes
Os planos de expansão da presença do serviço na região são o motivo da presença em Fortaleza, na semana passada, do diretor de vendas do LinkedIn, Milton Beck. O Tecno entrevistou o executivo sobre o que a rede tem a oferecer aos profissionais e empresas cearenses, como você pode conferir a seguir.
O que motiva uma pessoa a fazer parte do LinkedIn?O que se fala normalmente é que as pessoas estão no LinkedIn para investir seu tempo. Enquanto você está em outras redes sociais para passar o tempo, compartilhar fotos, marcar o churrasco, ou falar do Ceará versus o Fortaleza, no LinkedIn você está trabalhando para melhorar profissionalmente. As pessoas estão no LinkedIn para três coisas principais. A primeira é mostrar a identidade profissional na rede, a experiência profissional. A segunda coisa é ter insights, saber o que está acontecendo na sua área. A terceira coisa é se conectar. As pessoas estão lá para serem apresentadas a outras, para compartilhar informações. As pesquisas que a gente fez mostram que as pessoas não gostam de manter as coisas todas juntas. Usam o Facebook e Twitter para coisas pessoais. E os assuntos profissionais, com quem compartilha sua carreira, são outras pessoas, não são com quem você compartilha o churrasco e as fotos dos seus filhos. São pessoas que querem melhorar em sua profissão, seja no emprego em que estão ou em outros. Então não é um banco de dados de currículo. As pessoas estão lá para melhorarem profissionalmente. Entre as coisas que as pessoas fazem no LinkedIn, procurar emprego é a oitava coisa.
O LinkedIn está completando 10 anos de existência. Há quanto tempo está no Brasil?O LinkedIn abriu no Brasil no final de 2011. Eu sou o segundo funcionário, vindo da Microsoft. Desde o início as pessoas acessavam no Brasil. Mas o crescimento grande se deu em 2010, quando foi traduzido para o português. O Brasil era o quarto e passou a ser terceiro. Tinha 6 milhões de usuários em novembro de 2011. Hoje estamos completando um ano e pouquinho no Brasil e temos 12 milhões.

Qual é o modelo de negócios do LinkedIn?Quem bolou o LinkedIn em 2003, na Califórnia, nem sabia como ia fazer para tirar dinheiro disso. As pessoas começaram a se conectar e num determinado momento o RH das empresas falaram "eu gostaria de acessar essa rede para procurar profissionais". E aí viram que isso poderia ser uma chance de fazer uma fonte de receita. E aí, o LinkedIn também desenvolveu uma plataforma para empresas. Então, temos três fontes de receita principais. Uma delas são as subscrições premium, ou seja, um usuário que tem o perfil e quer fazer um pouco mais, recursos a mais para procurar emprego, entrar em contato com os recrutadores das empresas e se destacar nas buscas. Todo esse negócio é 20% da receita. Outros 35% são de propaganda segmentada, o segundo modelo, que são soluções de marketing. Eu cuido da terceira área, que é a de maior receita, que são soluções para os departamentos de RH das empresas. As empresas querem ter o melhor profissional para a vaga e elas não querem se restringir somente aos profissionais que aplicam para a vaga. No Brasil, dos 12 milhões de profissionais, 15% estão procurando emprego. São 1,8 milhão. Eles vão achar, se você colocar um anúncio. Os outros 10,2 milhões não estão procurando emprego, mas se oferecerem uma oportunidade de crescimento de carreira, o cara vai olhar. Não tinha como chegar a esses profissionais sem uma rede como o LinkedIn.

O Facebook chega a ser um concorrente?Não. O Facebook é nosso cliente. Entre os clientes internacionais temos o Google, a Microsoft, o Facebook. Se você pegar a lista das 100 maiores empresas americanas, 90 usam. Quando os profissionais de RH falam que usam as redes sociais para contratar, ou ele já está usando o LinkedIn ou usa o Facebook depois que selecionou um profissional, para ver se o cara tem uma foto desabonadora lá. Ele usa o Facebook para checar. Mas não é que ele use para escolher o profissional. A dica para os seus leitores que vão colocar um perfil no LinkedIn é que os RHs estão usando isso para recrutar, e muito.

O que vocês fazem para fidelizar o usuário?As pessoas voltam sempre para olhar sua homepage, que é onde você vê as atualizações, quem mudou de emprego, quem mudou de cargo. As pessoas acessam a rede para ver artigos que outros estão publicando. Muitos querem saber quem olhou o seu perfil e ver ofertas de emprego.
O Facebook demorou a explorar o mercado móvel e hoje quer recuperar o tempo perdido. Como vocês estão em relação a isso?Faz um ano e meio que o LinkedIn começou a ficar mais forte na área de dispositivos móveis. O nosso modelo de negócio não é totalmente baseado em propaganda. Fica um pouco mais difícil fazer propaganda no celular. A tela é pequena, não tem muito espaço. Então não é uma preocupação para a gente, como é para outras redes sociais, o crescimento da penetração em dispositivos móveis. Para nós, quanto mais usarem melhor, porque aumenta o tempo que o profissional passa à frente do LinkedIn. No ano, hoje são mais de 4 bilhões de buscas que são feitas na rede.












 














 











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