domingo, 28 de outubro de 2012

Fortaleza espera do futuro prefeito respeito com a cidade

O eleitor de Fortaleza volta hoje às urnas para a definição de quem irá gerir a cidade nos próximos quatro anos a partir de 1º de janeiro de 2013. De acordo com as recentes pesquisas de intenção de voto, o resultado do pleito deverá apontar que esta eleição na Capital foi das mais disputadas dos últimos anos, em claro sinal da representatividade dos candidatos e dos grupos que os apóiam. Por esse aspecto, é de certo modo compreensível a subida da temperatura na reta final da campanha, sem que isso tire o mérito de Elmano de Freitas (PT) ou Roberto Cláudio (PSB) de vir a ser o futuro prefeito. Tanto um como o outro demonstraram a capacidade de articulação e o conhecimento necessário que os credenciam a estar à frente da gestão.
Passada a disputa eleitoral, no entanto, é preciso agora que o vencedor tenha a humildade suficiente para entender que Fortaleza não pode ser tratada de forma diferenciada em termos de renda ou nível de escolaridade como, por alguns instantes, descambou o debate entre os candidatos. Isso é importante ser ressaltado, porque o futuro prefeito terá sob os ombros a responsabilidade de lidar com quase a metade do eleitorado que lhe foi desfavorável, a julgar pelo que indicam as pesquisas. Percentual considerável de fortalezenses entre seus 2,4 milhões de habitantes, que, sem dúvida, não pode ser ignorado.
Além disso, o próximo prefeito de Fortaleza terá o desafio de administrar uma cidade que cresce acelerada e desordenadamente tendo que conciliar mazelas e potencialidades, em meio a ilhas de prosperidade e bolsões de pobreza, que se assemelham a recantos dos mais degradantes do planeta. Situações que se colocam em um momento no qual a capital cearense também vive a possibilidade de se mostrar para o mundo através de eventos de grande repercussão.
Caberá ao futuro gestor, em vista disso, ter a grandeza necessária para exercer seu papel, buscando conciliar interesses comuns em prol da cidade, e não com revanchismo.
(O POVO / Editorial)

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