sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Trairi está sem prefeito até 2ª feira

“O município de Trairi, a 124 quilômetros da Capital, está sem prefeito até a próxima segunda-feira. O atual gestor, Josimar Moura Aguiar (PRB), o “Mazim”, está afastado do cargo desde o último dia 18, acusado de fraude em 33 processos de licitação no município. Mazim teria desviado R$ 19,6 milhões dos cofres públicos do municípios. Já o vice-prefeito Flávio Azevedo (PRB) e o presidente da Câmara dos Vereadores, Antônio Barros (PSL), o “Tonhão”, que deveriam sucessivamente assumir a gestão do município em caso de ausência do prefeito, foram presos pela Polícia Federal (PF) na última quarta-feira acusados de corrupção eleitoral e formação de quadrilha. Os dois fariam parte de um esquema de compra de votos com recursos públicos para favorecer a candidatura de Magno Magalhães (PPS), postulante apoiado pelo prefeito no pleito eleitoral deste ano. Esta operação prendeu ainda Sílvia Virgínia Aguiar, esposa de Mazim e o filho do casal.
O procurador-geral de Trairi, Vinicius Barbosa Damasceno, que poderia assumir a chefia do município em caso de ausência do presidente da Câmara, também foi preso no dia 6 de setembro acusado de fraude em licitação, formação de quadrilha, falsidade ideológica e condescendência criminosa. Damasceno faria parte do mesmo esquema de desvio de verbas do prefeito Mazim, que envolve ainda outras 16 pessoas, entre vereadores ligados à prefeitura e secretários da atual gestão.
A situação de indefinição do Executivo de Trairi permanece até a próxima segunda-feira, quando será realizada sessão extraordinária na Câmara de Vereadores que elegerá o novo presidente da Casa que deverá assumir o cargo.
Investigações
O promotor Igor Pereira explica que as investigações no município tiveram início após o Ministério Público (MP) realizar vistoria surpresa na Comissão de Licitação de Trairi em fevereiro deste ano que detectou irregularidades em licitações entre os anos de 2010 e 2012. As diligências então continuaram no sentido de coibir crimes eleitorais. O POVO ligou para os advogados dos acusados, Waldir Xavier e Flávio Jacinto, mas as ligações não foram atendidas ou retornadas até o fechamento desta edição.”
(O POVO)

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