terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Sobe para 9 o número de mortes suspeitas de serem causadas por medicamento em Teófilo Otoni

Foi confirmada mais suspeita de morte causada pelo medicamento Scnidazol produzido pela farmácia de manipulação Fórmula Pharma de Teófilo Otoni, Vale do Mucuri. A aposentada Madalena Barbosa de Souza, de 81 anos, seria o nono nome da lista das vítimas que morreram por causa da contaminação causada pelo remédio. A informação foi confirmada pelo delegado regional  Alberto Tadeu. A delegada Herta Coimbra, que apura o caso, que chegou até o nome da aposentada, nesta terça-feira (13), depois que os  familiares da idosa entregaram dois comprimidos do remédio que teriam restado do frasco consumido pela aposentada. Ela morreu no último dia 23 de novembro em Teófilo Otoni, depois de ter consumido dois comprimidos.
Nesta quarta-feira (14) a delegada vai ouvir o bioquímico e proprietário da farmácia, além dos técnicos que trabalhavam no local. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) abriu processo administrativo para investigar o caso, já que no último domingo (11), a estudante Letícia Lopes Santos, 22, morreu após ter ingerido o medicamento comprado na farmácia.
A morte dela foi registrada  dois dias depois do falecimento da mãe dela, a lavradora Adélia Lopes Paixão, 49. Além das duas e da aposentada, outras seis pessoas morreram nos últimos 30 dias depois de usar o remédio.Das 180 cápsulas do Secnidazol produzidas pela Fórmula Pharma no lote produzido no dia 14 de novembro, 62 ainda estão desaparecidas.
Apuração. Investigadores da Polícia Civil ouviram nessa segunda-feira (12) no Hospital Santa Rosália, em Teófilo Otoni, e interrogaram o professor de educação física que está internado no local com sintomas de intoxicação pelo Secnidazol 500 mg.
O professor e a mulher dele foram os primeiros a apresentarem sintomas da doença, no último dia 30, e desde então estão recebendo tratamento. Os dois não tiveram os nomes revelados. Entre o dia 30 e o último dia 11 oito pessoas morreram em Teófilo Otoni e em outras três cidades vizinhas com suspeita de intoxicação pelo medicamento.
Segundo informações da assessoria de comunicação do Hospital Santa Rosália, o casal apresentou sinais de melhoras desde ontem. Apesar de permanecer na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), a mulher já não corre risco de morte, conforme a assessoria. O marido dela, um professor de educação física, foi transferido para um apartamento e também já não corre risco de morrer.

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