quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Marcos Cals chama de conversa fiada tese de rompimento político entre Cid e Luizianne

 Antônio Mourão, Erivaldo Carvalho (mediador), Ranne Almeida e Marcos Cals.
O presidente estadual do PSDB, Marcos Cals, não poupou críticas ao governador Cid Gomes (PSB)  e à prefeita Luizianne Lins (PT), ao participar, nesta quarta-feira, do programa “Debates do POVO”, da Rádio O POVO/CBN. Marcos deixou claro, de imediato, que não passa de conversa fiada a tese de que ambos podem romper e não marchar unidos na disputa pela Prefeitura de Fortaleza. “Isso não existe. Eles tem interesse em manter essa aliança. O que estão fazendo é algum ajuste de olho em 2014″, disse o tucano.
Por conta desse quadro, Marcos Cals apregoou que cada partido hoje na oposição aposte em candidatura própria com o objetivo de forçar o segundo turno e evitar um pleito plebiscitário, onde o eleitorado com a oposição unida contra Cid e Luizianne iria dizer se aprovava ou não a gestão. “Defendo que cada partido de oposição lance seu candidato. A eleição vai ser em segundo turno e aí sim nós podemos nos unir contra o candidato deles. Aí, a eleição seria plebiscitária, afirmou o dirigente partidário.
Marcos Cals reafirmou que o PSDB terá candidato a prefeito. O nome dele é sempre apontado como o melhor no ninho tucano para a peleja, no que ele disse ser fundamental agora lutar pela unidade da oposição. Mesmo assim, instado por ouvintes sobre que gestão faria na cidade, prometeu que não seria igual nem a de Luizianne nem a de Juraci Magalhães. Ele, no entanto, destacou Juraci. “que deu de 10 a zero na Luizianne”.
OMISSO
O dirigente tucano não poupou críticas a Cid Gomes por causa da greve dos policiais e bombeiros militares, registrada no dia 3 de janeiro. Cid apregoou no O POVO desta quarta-feira que o caso era para ser apagado, no que Marcos Cals reagiu. Considerou Cid “omisso”, porque não quis dialogar com a categoria. Disse que se estivesse no Governo, iria até as últimas consequências para evitar uma greve que provocou muitos prejuízos. “Apagar a greve. Ora, a cidade parou, o comércio não vendeu, teve gente que foi assaltada. Houve exagero nas redes sociais, mas houve prejuizo e nós ficamos sitiados dentro de casa. Não dá para esquecer. O governador pagou pra ver e acabou vendo o que não queria”.
“BONS DE CONVERSA”
Marcos Cals, em várias cr[íticas à gestão Luizianne Lins, alegando que o maior problema da administração da prefeita é a falta de planejamento, fez um desafio: “Eu queria que a prefeita concluísse o Hospital da Mulher, que eu não acredito que vá conseguir, logo neste primeiro semestre. Isso, pra gente ver se a Prefeitura vai conseguir botar pra funcionar. Eu não acredito nisso. Vou ser até bonzinho e dizer que a equipe da Luizianne não tem competência pra isso. Fazer uma obra bonita é facil. Quero ver funcionar. São muito bom é de conversa”, alfinetou. Sobre réveillon, prometeu manter o evento, mas sem esvaziar setores prioritários da gestão. Aqui, lembrou que Luizianne deve ter levado a maior vaia do Brasil quando fez pronunciamento durante a última festa de passagem do ano.
Aproveitou a deixa e ressaltou que o Governo Cid Gomes, por exemplo, vem fazendo hospitais como o do Cariri “e ainda trabalha para botar pra funcionar em toda sua plenitude”. O dirigente do PSDB também chegou a comentar o caso da greve dos professores estaduais e lamentou que o governador acabou nivelando todos os docentes por baixo. “nivelou todo mundo. Não pode cobrar qualidade”.
TASSO
O tucano garantiu que o ex-senador tucano Tasso Jereissati vem acompanhando o processo sucessório de Fortaleza, mas tocando também sua vida empresarial. “O Tasso tem acompanhado e vai entrar pra valer no processo. O PSDB priorizou Fortaleza, a Região Metropolitana e várias outras cidades do Interior.” Sobre a postura ambígua do partido de ser da oposição e votar a favor do Governo na Assembleia, considerou esse período coisa do passado, observando que só ficou na sigla quem queria seguir as diretrizes tucanas.

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