domingo, 29 de janeiro de 2012

Rita Lee é detida após show em Aracaju

A cantora Rita Lee, 67, foi detida após um show em Aracaju (SE). Ao avistar policiais na plateia, ela declarou que não os queria em sua apresentação. “Vocês são legais, vão lá fumar um baseadinho”.
Ao se aproximarem do palco, os policiais foram xingados pela cantora de “cavalo”, “cachorro” e “filho da puta”. “Sobe aqui”, dizia Rita a eles, desafiando-os. Ela fez o show até o final, quando seria levada para uma delegacia. Ela se apresentava no Festival Verão Sergipe e declarou que esse seria seu último show.
O governador Marcelo Déda (PT) estava no show e disse ter testemunhado “um espetáculo deprimente” por parte de Rita. “A polícia não tinha feito nenhum tipo de ação que justificasse [a atitude da cantora]“, declarou Déda. Para o governador, a cantora tentou colocar o público, estimado em 20 mil pessoas pela organização, contra os policiais, o que poderia levar a uma “confusão generalizada”, segundo ele.
O tenente-coronel Adolfo Menezes, responsável pelo policiamento do evento, afirmou que boletim de ocorrência foi realizado e o delegado responsável deverá “lavar o flagrante”. O boletim de ocorrência foi tipificado como “desacato e apologia ao crime ou ao criminoso (art. 287)”. “A sensatez falou mais alto no momento, por isso a polícia não parou o show”, disse.
No Twitter, Beto Lee, filho de Rita, protestou: “A policia de Aracaju levou minha velha para a delegacia. Bando de frouxo”. A própria cantora tuitava ao lado dos policiais: “Tô indo p/ a delegacia… a polícia d Aju ñ gosta d mim mas Sergipe gosta, estou dentro do carro, eles estaaoentravv [sic]“.
Pelo microblog, o cantor Lobão também se manifestou: “Mas era soh o que faltava… prender a Ritinha eh de última!”.
Liberada
A cantora foi liberada após prestar depoimento e assinar um boletim de ocorrência numa delegacia de Aracaju. Rita disse que “não tem nata a relatar a cerca dos fatos no noticiário, justificando apenas que todo o ocorrido se deu como uma reação emocional, provocada pela ação truculenta desnecessária”.
(Folha)

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