Outra novidade é que, desta vez, o TCE também quer que os presidentes das entidades apresentem os microfilmes dos cheques usados para sacar o dinheiro. Assim, a expectativa é que se descubra o nome de quem retirou a verba e onde ela foi parar – já que, conforme já mostrou a inspetoria da Corte, os banheiros não saíram do papel.
Contando Pacajus e Horizonte, 22 pessoas foram “citadas solidariamente” na Tomada de Contas, entre eles o atual secretário Camilo Santana (PT) e os ex-titulares da pasta, Joaquim Cartaxo (PT) e Jurandir Santiago. Além deles, também os presidentes e alguns funcionários das associações – incluindo filhos, esposa e irmãos do ex-presidente do TCE, Teodorico Menezes – constam na lista.
O grupo terá 30 dias para se defender e mostrar que não teve envolvimento nas irregularidades. Caso um deles se proponha a ressarcir o Estado – o que os conselheiros do TCE ouvidos pelo O POVO consideram improvável –, a responsabilidade dos demais é desconsiderada.
Próximos passos
A ideia é que, após a conclusão da Tomada de Contas Especial, pelo menos alguns dos responsáveis pelo suposto esquema de desvio de dinheiro público sejam identificados. Com os depoimentos colhidos pelos citados, o TCE deverá julgar os casos, determinar a devolução dos recursos e aplicar multas. A situação também é encaminhada ao Ministério Público Estadual, que pode abrir novos processos contra os acusados.
Procurados pelo O POVO por meio da assessoria de imprensa, Jurandir Santiago e Camilo Santana disseram que ainda não foram notificados. Jurandir disse considerar a tomada de Contas “natural” e que irá comprovar inocência. Até o fechamento da edição, Cartaxo, que teria entrado em reunião por volta das 18 horas, não foi localizado.”
(O POVO)
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