“O consumidor reclama que o preço da carne, especialmente a bovina, subiu muito. E tem razão. Nos últimos dois meses a alta girou em torno dos 20%, segundo o Sindicato do comércio Varejista de Carnes de Fortaleza (Sindicarnes). Apesar das queixas o aumento é inferior ao do ano passado, quando chegou registrou 30%, e ainda mais a 2009, que alcançou reajuste recorde de 70%. O presidente do Sindicarnes, Francisco Everton da Silva, não acredita que os preços continuem aumentando.
“Esperamos que se mantenha assim até janeiro quando entra a nova safra e comece a baixa em fevereiro, dependendo das condições climáticas e econômicas”, completa. Acrescenta que 95% da carne consumida no Ceará vem dos estados o Pará, Goiás e Tocantins. O consumo de carne bovina em Fortaleza cresceu cerca de 5% nos últimos dois anos e é de 1.500 toneladas por semana. Para fugir dos altos preços muita gente aproveita as promoções nos supermercados e açougues, que normalmente ocorrem duas vezes por semana.
Nesses dias os preços caem entre 10% e 15%. O dono do açougue Lindboi, Lindemberg de Melo Lima, diz que o consumidor também tem a alternativa de comprar produtos que mantiveram os preços. Como exemplo cita o bife especial (R$ 12,99/quilo), o músculo (R$ 10,99) e a costela bovina (R$ 10,99). Outra opção, explica, é substituir o patinho pelo bife de fraldinha que tem uma carne muito macia. O gerente do Novilho de Ouro da avenida Santos Dumont, Flávio França, também sugere substituições.
“Tem a troca de um almoço com filé mignon por um churrasco com alcatra, por exemplo, ou um estrogonofe de coxão mole”. Lembra que ainda que a picanha, naquele estabelecimento, subiu pouco, passando de R$ 22,99 para R$ 25,99. Lá as promoções são diárias e ficam por conta do corte. Numa peça bruta (sem limpar e sem fatiar) de coxão mole – o mesmo que chã de dentro – o preço do quilo sai por R$ 14,69. Um quilo limpo – feito bife – sobe para R$ 18,49.
O certo é que além de procurar ofertas, o consumidor tem que ser criativo para fazer bons pratos a um custo menor. Existe a opção da carne suína e do frango que em alguns estabelecimentos continuam com o mesmo preço. Sem falar no peixe. Vale pesquisar porque Fortaleza existem em torno de 1.200 pontos de revenda de carne.”
(O POVO)
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