quinta-feira, 8 de novembro de 2012

20 casos de raiva são registrados neste ano


No Ceará
Uma doença ainda incurável nos animais e muito perigosa ao atingir o homem. No Ceará, a raiva ainda afeta animais silvestres, cães, gatos e, neste ano, até um caso de raiva humana foi identificado no Interior do Estado. O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), de janeiro a outubro de 2012, recebeu 401 amostras de municípios do Interior. Destas, 20 eram positivas, sendo 19 animais e uma pessoa.
Segundo o Lacen, das amostras positivas, 11 eram de saguis, mais conhecidos como soims, quatro de raposas, dois morcegos, dois cães e um homem. De acordo com Manoel Fonsêca, coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), a raiva nos saguis é bastante preocupante, pois, além de serem animais difíceis de capturar, podem transmitir o mal por um período de um ano, já que muitos não desenvolvem a doença e, portanto, demoram a falecer.

Neste ano, segundo Fonseca, o registro de raiva humana foi no município de Jati, transmitido por um sagui. Em 2010, foram dois casos confirmados, um em Ipu, também transmitido por esse animal, e outro em Chaval, transmitido por um cão. Em 2008, ainda houve uma ocorrência de raiva humana em Camocim, causada por sagui.

Vacinação

Para evitar que mais pessoas sejam infectadas, a Sesa promoverá uma campanha de imunização de gatos e cachorros em todos os 184 municípios do Estado. O dia D de mobilização contra a raiva será celebrado no próximo sábado (10) e segue até 15 de dezembro. A meta é imunizar 80% dos 1.106.908 cães e 571.703 gatos, o que representa um total de 1.678.611 animais em todo o Estado.

Após a vacinação dos cães e gatos, Fonsêca informa que a Sesa irá iniciar uma campanha de conscientização sobre os riscos de se domesticar animais silvestres. "A população não deve criá-los, até porque eles não podem ser vacinados", ressalta.

A veterinária do Centro de Zoonoses do Município de Fortaleza, Camila Capitani, explica que a campanha anual é um dos motivos do controle da raiva na Capital. Segundo ela, há nove anos não são registrados casos de raiva animal em Fortaleza. Contudo, ainda há um número significativo de animais silvestres infectados no Estado.

Camila explica que o vírus é transmitido pela saliva, mordida ou lambedura, e os sintomas são visíveis. "O animal apresenta dificuldade de engolir, produz muita saliva e pode se tornar agressivo", aponta.

KARLA CAMILAREPÓRTER

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