por Roberto Moreira
O governador Cid Gomes precisa, urgentemente, mexer na sua polícia. Escalar profissionais mais comprometidos para chefiar delegacias, pode ser um bom começo.
O caso de Elisângela Ferreira da Silva, de 36 anos, é uma prova.
Passados quatro dias do desaparecimento de Elisângela, o delegado Alísio Justa deu o caso por encerrado e, até agora, não disse onde está a atendente de lanchonete.
O titular do 15º DP não informou se ela foi vítima de saidinha bancária, sequestro, rápito ou, simplesmente, foi embora, decidiu sair de casa por não mais suportar a relação que mantém com o companheiro.
O estado gastou horas de serviço, combustível, desolocou viaturas policiais e bombeiros. A população também se empenhou. Os moradores da Cidade 2000 até escavaram um morro, em busca do corpo de Elisângela Ferreira.
Agora, toda população quer saber o que aconteceu. Quando questionado, o delegado diz que não pode falar. Um absurdo, já que o caso é público e mobilizou à sociedade, inclusive, nas redes sociais. Milhares de fotos de Elisângela com o título “DESAPARECIDA” foram compatilhadas por usuários do Facebook.
O posicionamento de Justa, durante o caso, também chamou atenção para atuação dele na coorporação. Após responder administrativamente por atos cometidos dentro da polícia, o delegado decidiu trabalhar com uma mão no Código Penal e outra na Bíblia. Mas parece que não está dando certo, já que ele não consegue resolver os problemas da delegacia.
Os policiais que trabalham com Alísio Justa reclamam da indecisão operacional no 15º DP. O delegado, com sua discrição bíblica, acabou por prejudicar moralmente o companheiro de Elisângela, ao não esclarecer o caso à opinião pública.
Na Cidade 2000, onde o casal mora, todos comentam que Elisângela teria cometido adultério. O companheiro dela virou motivo de piada. Uma demonstração clara de que o comando da segurança precisa ser objetivo, para evitar constrangimentos. Caso não se faça isso, a especulação será o texto dos Boletins Policiais, conhecidos como B.O.
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