Eis um destaque da Coluna Política, do O POVO, assinada pelo
jornalista Érico Firmo:
Mais um adiamento da visita de Dilma Rousseff ao Ceará priva a presidente de
conhecer um escândalo in loco. O Metrofor atravessou cinco anos de governo Tasso
Jereissati, quatro anos de Lúcio Alcântara (ambos do PSDB) e mais cinco de Cid
Gomes (PSB). No âmbito federal, passou por cinco anos de Fernando Henrique
Cardoso (PSDB), oito de Luiz Inácio Lula da Silva e um de Dilma Rousseff (os
dois últimos do PT). Os adversários dos governos tucanos, por anos a fio,
responsabilizaram Tasso e FHC pela ridícula situação.
Hoje, porém, o escárnio é tristemente suprapartidário. Ninguém tem o direito
de apontar o dedo. O projeto data da década de 1980. Começou a deslanchar em
1997. Obras, mesmo, começaram em 1999, com previsão de término – contenha o riso
– em 30 meses. Deveria estar em operação em 2002.
O atraso completa 10 anos de tumulto no trânsito, transtorno e nenhum retorno
à população que paga a conta. O valor atualizado do primeiro trecho, de 24,1 km
entre o Centro de Fortaleza e Pacatuba, é de R$ 1,705 bilhão. Descontada a
inflação, o custo excedente em relação à previsão inicial ainda supera a marca
dos R$ 200 milhões.
Em algumas oportunidades, o Tribunal de Contas da União (TCU) já apontou
sobrepreço irregular e mandou suspender os repasses financeiros. O metrô de
Fortaleza é motivo de vergonha para toda uma geração da política cearense.
Nenhum comentário:
Postar um comentário