O ministro das Cidades, Mário Negromonte, comunicou nesta quarta-feira (1º) ao seu grupo político no PP que pedirá demissão do cargo amanhã.
A carta de demissão, segundo Negromonte, será entregue à presidente
Dilma Rousseff em uma audiência no Palácio do Planalto. A parlamentares,
ele reconheceu não ter mais condições “políticas e pessoais” de ficar
no ministério.
A decisão de sair do governo foi informada, por exemplo, numa
conversa hoje com os deputados Roberto Brito (PP-BA), Waldir Maranhão
(PP-MA) e Vilson Covatti (PP-RS). “Ele está determinado e disposto a
fazer isso amanhã. Disse que tomou a decisão por questão de foro
íntimo”, disse Covatti.
A situação de Negromonte agravou-se na semana passada após a Folha
revelar a participação dele e do secretário-executivo, Roberto Muniz, em
reuniões privadas com um empresário e um lobista interessados num
projeto do ministério.
O episódio culminou com a demissão do chefe de gabinete do ministro, Cássio Peixoto. Muniz também deve sair.
O líder do partido na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB), é o favorito para assumir o cargo.
Suspeitas
Ainda no ano passado, a pasta de Negromonte virou alvo de suspeitas
de irregularidades no processo de mudança do modal de transporte de
Cuiabá, uma das sedes da Copa de 2014.
Em Mato Grosso, houve substituição de um parecer técnico favorável ao
BRT (ônibus em corredores exclusivos) por outro defendendo o veículo
leve sobre trilhos, o que encareceu o projeto, conforme revelou o jornal
“O Estado de S. Paulo”.
A mudança teria a participação do então chefe de gabinete de Negromonte, Cássio Peixoto, demitido no último dia 25.
Na época, Negromonte negou as irregularidades no projeto e prometeu
instaurar sindicância para apurar se houve alguma ilegalidade.
Pressionado, chorou em evento na Bahia, sua base política, e admitiu
que poderia deixar o cargo sua permanência causasse desconforto à
presidente Dilma Rousseff.
(Folha)
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