sábado, 28 de abril de 2012

Epidemia de dengue: mobilização geral de esforços

Fortaleza depara-se, mais uma vez, com uma epidemia de dengue. O Ministério da Saúde já vinha acompanhando a evolução do quadro e agora autoridades do Município e do Estado reúnem forças para enfrentar a situação.

Os anos de 1987, 1994, 2001 e 2008 – sobretudo – ainda estão na lembrança dos fortalezenses pelo número superlativo de infecções. Desta vez, a vulnerabilidade das pessoas é maior porque as que foram afetadas com as infestações anteriores (dos tipos 1, 2 e 3) não ficam imunes a este novo vírus, tipo 4. Este tem um componente mais virulento que pode induzir mais fortemente a febre hemorrágica, aumentando as probabilidades de óbito.

Os registros acumulados, na Capital, ultrapassariam três mil casos, entre janeiro até o último informe (dia 20 de abril), sendo 38 hemorrágicos, com 21 óbitos. A transparência nas informações é o melhor fator para gerar confiança nas autoridades – o que é essencial para evitar pânico e criar uma maior receptividade nas pessoas em relação às providências requeridas para o enfrentamento do mal.

Evidentemente, o que se espera é uma atitude de extrema colaboração entre as várias instâncias do poder para produzir a mobilização dos recursos (financeiros, humanos e organizativos) requeridos para dar o máximo de eficácia às medidas de prevenção e contenção da doença, bem como de pronto atendimento aos infectados. Isso exige uma logística muito bem entrelaçada para permitir o seu encaminhamento aos hospitais e postos de saúde, distribuídos não só pelo município de Fortaleza, mas, pela área metropolitana.

O trabalho de prevenção desse tipo de epidemia não pode ser intermitente, mas contínuo. As campanhas de prevenção são essenciais e têm como arma principal a informação. As pessoas têm de ser alertadas ininterruptamente sobre a necessidade imperativa de cooperação nas medidas preventivas. Essa é uma batalha de todos e qualquer tipo de omissão reverte sobre quem imaginava poder ficar à parte desse combate. Que cada um – autoridades e população – tenha exata noção da responsabilidade que repousa sobre seus ombros.

(O POVO / Editorial)

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