segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Colégio não é responsável pelo pré-teste, diz advogado

“O Colégio Christus não teve responsabilidade pela aplicação do pré-teste do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). É o que afirma o advogado Cândido Albuquerque, assessor jurídico da escola onde alunos tiveram acesso a 14 questões iguais às do Enem dias antes das provas. “Responsabilidade por aplicar e manter o sigilo da prova era de empresa contratada pelo MEC (Ministério da Educação)”, pontua.
O advogado, porém, não soube dizer como as questões chegaram ao banco de questões do Christus, de onde, segundo o colégio, saíram os itens usados no material distribuído entre os alunos. “Como vazou? É preciso saber quem era o responsável pelo sigilo. A direção não tomou conhecimento. O colégio só cedeu os alunos. Gostaria de saber se a empresa responsável vai dar informação sobre qual equipe que veio aplicar. Não foi paga empresa pra isso?”, questiona.
Cândido Albuquerque diz que qualquer medida judicial só será tomada pela escola após decisão de ação movida pela Procuradoria da República no Ceará na Justiça Federal. Na manhã de hoje, a presidente do Inep, Malvina Tuttman, entrega a defesa do instituto ao juiz da 1ª Vara Federal, onde tramita ação que pede anulação das provas dos candidatos de todo o Brasil ou das 14 questões com problemas.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, o ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que reaplicar provas de todos os candidatos é uma “tese estapafúrdia”.
Pré-teste
De acordo com o MEC, a Fundação Cesgranrio foi a responsável pelo pré-teste do Enem, realizado em outubro do ano passado. Os fiscais de prova foram contratados pela fundação. A assessoria de comunicação do MEC, porém, reforçou ontem ao O POVO que o colégio não era responsável por aplicação de pré-teste, mas teve responsabilidade sobre o vazamento das questões.
Caso a investigação da Polícia Federal mostre envolvimento da escola, informa o MEC, ela será responsabilizada criminalmente e terá de pagar as despesas para reaplicação do Enem, nos dias 28 e 29 de novembro. Se for descoberto ainda que questões circularam também entre alunos de extensivo, todos os candidatos do Christus terão de refazer exame, garante a assessoria do ministério.”
(O POVO)

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