R$ 356 milhões. Esse é o impacto nos cofres públicos da incorporação de
gratificação ao salário de policiais e bombeiros militares. O valor, calculado
pelo Governo do Estado, refere-se apenas aos salários de 2012, segundo
informações do secretário do Planejamento e Gestão, Eduardo Diogo. Em 2011, ele
cita, a folha de pagamento dos 24.563 PMs e BMs somou R$ 1,037 bilhão.
O acréscimo salarial é ponto acordado entre a categoria e o Governo e deu fim
à paralisação um mês atrás. O número foi apresentado nesta sexta-feira (3) à
categoria durante a primeira reunião da comissão paritária pós-paralisação. Em
pauta, as reivindicações ainda não acordadas.
A soma de R$ 356 milhões não considera o impacto previdenciário e das demais
reivindicações. Atualmente, 48% dos gastos governamentais são com pessoal. “Não
podemos deixar ultrapassar 50%. Por isso, vamos correr atrás com eficiência,
gestão, aumento da receita, desenvolvimento econômico. E pedimos (a PMs e BMs)
uma tomada de consciência”, comentou Eduardo Diogo. O secretário citou ser esse
o maior “aumento” dado pelo governo Cid.
Além da apresentação do impacto financeiro do acordo categoria-Governo, na
reunião ficou acertado que o projeto de lei sobre o assunto será enviado na
próxima semana para a Assembleia Legislativa com pedido de tramitação em caráter
de urgência. Foi ainda reforçado acordo de que não haverá instauração de
procedimento administrativo aos integrantes do movimento. O auxílio alimentação
e a fixação de jornada de trabalho em 40 horas serão discutidos em reunião no
dia 5 de março. A comissão tem 60 dias para acordar sobre todas reivindicações
dos militares.
Representantes da categoria presentes à reunião não ficaram satisfeitos. “Eu
achava que com esses 30 dias nós chegaríamos aqui e teríamos acesso a minutas, a
projetos de lei que seriam encaminhados à Assembleia”, comentou o presidente da
Associação dos Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros (Aspramece),
Pedro Queiroz.
Já o presidente da Associação dos Profissionais de Segurança Pública
(Aprospec), capitão Wagner Sousa, diz-se tranquilo sobre as negociações. “Com
certeza, a pauta vai ser toda atendida no transcorrer desses 90 dias”, frisou,
garantindo que não haverá paralisação da categoria. “Existem 90 dias pra pauta
ser resolvida”, disse.
(O POVO)
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