quarta-feira, 30 de maio de 2012

Lúcio Alcântara volta a questionar números da economia na Era Cid Gomes


O ex-governador Lúcio Alcântara prossegue, em seu Blog, questionando os números sobre o crescimento econômico do Ceará na Era Cid Gomes (PSB). Eis o que ele postou agora, com o título “Quando o Ceará cresceu mais que o Brasil”:
A comunicação do governo, até em tom ufanista, aponta o crescimento do Ceará acima do nacional, como se isso fosse um recorde. Mas o IBGE diz o contrário. Comparando os números atualizados, nota-se que o Ceará cresceu mais no meu governo em relação ao Brasil do que na gestão que me sucedeu. É que os números usados na comunicação do governo cearense foram inflados com projeções que não se confirmaram, como o PIB de 2009, previsto para 3,1%, mas apurado apenas em 0,04%. Uma diferença e tanto.
Quem tem a mania da comparação para se jactar de bom gestor não sou eu, mas não fujo das comparações. Mesmo porque os números me são favoráveis.
Veja só a tabela abaixo:
Como se vê, o PIB cearense em minha gestão (2003-2006) cresceu em média 0,85% ao ano a mais do que o Brasil. O crescimento nos quatro anos foi de 3,4 pontos percentuais acima do Brasil.
Na gestão seguinte (2007-2010), o Ceará cresceu em média apenas 0,32% ao ano a mais do que o Brasil, acumulando 1,28 pontos percentuais de crescimento acima da média nacional nos 4 anos.
Fechando as contas: em relação ao desempenho da economia brasileira, o PIB cearense no meu período cresceu quase três vezes mais do que na gestão seguinte. Sem levar em consideração que o cenário nacional era muito mais adverso na minha administração, que coincidiu com o primeiro mandato do presidente Lula.
O atual governo que trombeteou os números errados, via Ipece, tinha obrigação moral de corrigir a informação quando eles foram definidos pelo IBGE. Principalmente diante da disparidade entre os dados levantados pelo Estado e os que foram efetivamente consolidados pelo IBGE.
Os levantamentos preliminares e suas publicações como o Ipece faz são normais. O Ipece tem mostrado honestidade intelectual ao colocar asteriscos nos números e apontar em nota de rodapé que os dados são preliminares e carecem de confirmação.
O uso dessa metodologia é usual. Mas o Governo só fez uso dos números que se mostraram falsamente favoráveis à sua gestão.

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