A redução da pobreza e da desigualdade social no país vem sendo sustentada
pelo êxito de sua economia, disse à Agência Brasil o presidente do Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann. Ele lembrou que a chave
desse sucesso decorreu da implementação de políticas de transferência de
renda.
Ao participar de seminário Desenvolvimento Sustentável, preparatório para a
Rio+20, no Palácio da Cidade, ele disse que, apesar dos êxitos obtidos, será
muito difícil ao Brasil superar a pobreza extrema sem que sejam aprovadas no
Congresso Nacional as reformas necessárias à manutenção do desenvolvimento,
entre elas a tributária e a agrária.
O economista lembrou que existem ainda hoje, no país, cerca de 16,2 milhões
de pessoas que vivem em situação de extrema pobreza – o que significa que elas
vivem com apenas R$ 72 por mês, ou o equivalente a R$ 2 por dia.
“A estrutura fundiária do Brasil é hoje pior do que em 1920. Atualmente, 40
mil proprietários rurais concentram 50% das áreas agricultáveis do país. Também
é preciso acabar com essa lógica perversa que impera no país, em que os mais
pobres são exatamente os que pagam mais impostos”, denunciou.
O economista do Ipea lembra que o governo tem no Brasil sem Miséria um
importante aliado para obter êxito na redução da miséria extrema. “O programa é
dividido em três pilares importantes: transferência de renda, adoção de
programas de educação e a universalização dos serviços do estado (acesso à
energia elétrica, água encanada, habitação e uma série de serviços que são
fundamentais principalmente para a parcela mais pobre da população), disse.
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