sexta-feira, 23 de março de 2012

CPMI: deputada participa de audiência pública e condena falta

Tendo em vista a fase de coleta de dados e pesquisas sobre o

cenário da violência contra a mulher no Brasil, a CPMI da mulher

promoveu audiência pública, nessa terça-feira (20/03), para apurar

resultados e conhecer as políticas públicas da Secretaria de Políticas para

as Mulheres.

A secretaria foi representada por Aparecida Gonçalves, que afirmou

que o Brasil não tem condições de enfrentar a crise da violência contra a

mulher. A representante apontou a falta de investimentos pelo poder

público como principal causa do problema. “No Brasil existem somente

963 unidades que oferecem algum tipo de atendimento as vítimas de

agressão, como varas e abrigos”, exemplificou.

A deputada Gorete Pereira concorda com a postura da secretaria e

disse que é um absurdo o Brasil, com território continental, tem apenas

374 delegacias especializadas. “Somos mais de 5 mil municípios e menos

de 10% das cidades brasileiras possuem o atendimento”. A deputada

ressaltou que para a mulher vítima dos maus tratos é melhor se recuperar

no ambiente doméstico, tendo em vista seu estado emocional abalado e a

falta de compreensão das delegacias comuns, que geralmente, com

piadas e brincadeiras, não dão a devida importância para a denúncia.

Disque 180

• Atende mais de 1,8 mil ligações por dia.

• Cerca de 80% das vítimas são agredidas todos os dias ou pelo

menos uma vez por semana.

• 40% das mulheres convivem há mais de dez anos com o agressor

• 61% das mulheres sofrem agressão física.

• 23%, violência psicológica.

• 66% dos casos os filhos presenciam as cenas de violência.

Reunião
A CPMI se reúne na próxima terça-feira (27) para debater os direitos

das mulheres em situação de violência. Devem participar da discussão

representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Articulação

de Mulheres Brasileiras (AMB) e do Fórum Nacional de Juízes de

Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Fonavid).

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