
Com salário de R$ 24 mil mensais, Demóstenes cumpre, desde sexta-feira (20), um expediente flexível. Faz o seu próprio horário. Dá preferência às manhãs. Para escalar o gabinete, assentado no terceiro andar do prédio do MP, sobe por elevador lateral, pouco usado e com acesso à garagem.
Presidido por Benedito Torres Neto, irmão de Demóstenes e, como ele, personagem dos grampos da Operação Monte Carlo, a Promotoria de Goiás armou ao redor do ex-senador um cinturão de corporativo silêncio. Não informa a quantas anda o procedimento disciplinar aberto contra ele. Recusa-se a esclarecer de que tratam os processos confiados ao promotor Demóstenes.
Diz-se que o amigo de Cachoeira pediu para ser deslocado do setor criminal, onde fez carreira e fama, para área cível. Nesta quinta (26), de volta ao trabalho quatro horas e meia depois de ter saído para o almoço, Demóstenes foi abordado pelo repórter. Reagiu assim: “Não falo com vocês, de jeito nenhum. Sem chance.” É como se almejasse a invisibilidade do esquecimento. Sem chance.
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