quinta-feira, 26 de julho de 2012

Polícia acredita que sequestro tenha começado a ser planejado na Cadeia Pública de Mossoró

FONTE: JORNAL MOSSOROENSE
paulo_vitor_sequestradorO secretário-adjunto Silva Júnior, que responde pela Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), disse em entrevista ao O Mossoroense, na tarde de ontem, por telefone, que uma das linhas de investigação da polícia aponta que o sequestro do empresário Porcino Fernandes da Costa Segundo, Popó Porcino, 19, tenha sido planejado inicialmente na Cadeia Pública de Mossoró Juiz Manoel Onofre de Souza, onde o líder da quadrilha, identificado como Paulo Vitor Lopes Monteiro, 26, esteve preso durante nove meses.
Paulo Vitor foi preso acusado de clonagem de cartão, segundo a direção da Cadeia Pública. Ele chegou à unidade no dia 24 de abril de 2010 e permaneceu até o dia 28 de janeiro do ano seguinte, quando foi liberado por intermédio de alvará expedido pela Vara Criminal de Assú.
"Durante o tempo que esteve preso em Mossoró, Paulo Vitor pode ter tomado conhecimento da família Porcino, uma das mais influentes do município, e a partir de contatos com outros presos, ter despertado a ideia para um eventual sequestro. Somando-se a isso, durante o tempo em que esteve preso na Cadeia Pública, a companheira dele, Bruna Pinho Landim, residiu em Mossoró, o que pode ter levantado, também, informações para montar o plano. Nada está fora de cogitação", explicou o secretário Silva Júnior.
Para o secretário, outras linhas de investigações também estão sendo apuradas, inclusive a identificação de outras cinco pessoas que estão envolvidas no sequestro, que deram apoio logístico à quadrilha presa. "Já solicitamos da Justiça o pedido de prisão dos outros envolvidos e nas próximas horas vamos efetuar mandados com as prisões do restante do bando", disse.
Além de Paulo Vitor, foram presos: José Orlando Evangelista Silva, 42; Bruna Pinho Landim, 22; Anderson de Souza Nascimento e um homem conhecido como 'Cabeça', extraoficialmente identificado como José Erisvan, que morreu ao trocar tiros com os policiais na casa em Pitangui.

Comportamento
Ainda de acordo com a direção da Cadeia Pública, durante o período em que esteve preso em Mossoró, Paulo Vitor sempre se comportou de forma exemplar, inclusive tinha algumas regalias por ter bom comportamento. "Ele tinha acesso aos corredores, à cozinha da unidade, a circular por quase todas as áreas da Cadeia. Isso por ter bom comportamento e por deixar transparecer que era um cara tranquilo", contou um agente penitenciário.

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