Ambulâncias impedidas de rodar por falta de pneus, equipes do Programa de
Saúde da Família (PSF) desestruturadas, documentos desaparecidos e equipamentos
públicos roubados. Esse é o cenário de “terra arrasada” que alguns municípios do
Interior cearense enfrentam quando os seus prefeitos não conseguem se reeleger
ou veem seus sucessores derrotados.
Em 2004, por exemplo, o então prefeito do município de Reriutaba, localizado
na Região Norte do Estado, Carlos Roberto Aguiar, foi o responsável por colocar
a cidade no topo dos casos mais graves de desmonte em Prefeituras já ocorrido no
Estado. Ao perder a eleição, ele deixou de pagar o salário dos funcionários
públicos em outubro e as aulas foram suspensas em novembro. Deixou débitos com a
Coelce e Cagece de mais de R$ 600 mil e bens do município foram roubados ou
sumiram.
Para evitar que casos assim continuem acontecendo no Estado, o Tribunal de
Contas dos Municípios (TCM) e o Ministério Público do Estado (MPE) começam a
realizar, nesta segunda-feira (12), fiscalizações em quatro prefeituras do
Ceará. As visitas, que fazem parte do início da operação anti-desmonte, têm o
objetivo de averiguar a situação financeira dos municípios e de fazer um
levantamento do patrimônio das cidades. O POVO traz na edição deste domingo (11)
detalhes da operação.
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