Dentre as causas para o não cumprimento da meta, Montenegro cita a dificuldade de muitas empresas para atender à demanda, à falta de estrutura dos órgãos públicos para a liberação dos projetos e a burocracia. Além disso, há ainda um atraso de 30% nas obras contratadas do programa. “Mas, esse atraso é algo normal, decorrente de problemas pontuais que normalmente cercam empreendimentos desse porte”, afirma.
Em relação à burocracia, a principal queixa das construtoras diz respeito ao tempo de aprovação dos projetos, cuja demora para liberação seria de oito a 10 meses, enquanto em outros estados, esse tempo não excederia dois meses. “Nesse tempo, há o cansaço do dono do terreno, que desiste de vender a área para a construção das unidades e o desestimulo das empresas. Há casos de empresas que desistem de pegar o projeto, devido a essa demora”, diz Rômulo Gradvohl, proprietário da Construtora Época.
Ele diz que, por conta do atraso na liberação dos projetos, estados como Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte, por exemplo, conseguiram cumprir 100% da meta do programa, enquanto o Ceará ainda patina para chegar aos 50%. “Esse atraso faz com que os recursos, acabem indo, na maior parte, para estados que aprovam seus projetos de forma mais rápida”, reclama.
A Caixa Econômica Federal (CEF), responsável pela aprovação dos projetos, informou, através da sua assessoria de imprensa, que qualquer pronunciamento sobre o programa é da alçada do Ministério das Cidades, em Brasília.
(O POVO)
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