sábado, 26 de novembro de 2011

Professores do Interior foram decisivos para resultado

Uma das mais fortes mobilizações do Sindicato dos Professores do Estado do Ceará (Apeoc) no interior do Estado resultou em uma participação “decisiva” dos professores que vieram de longe para participar da assembleia geral dos docentes – realizada nesta sexta-feira (25), rejeitando o início de uma nova greve geral. A avaliação é do vice-presidente do sindicato Apeoc, professor Reginaldo Pinheiro.
Segundo ele, desde a última segunda-feira e durante toda esta semana, o sindicato Apeoc realizou seminários para professores em diversas cidades do Estado com o objetivo de discutir benefícios já conquistados pela categoria.
O professor explicou que o sindicato deixou claro para os docentes do Interior que sua posição era desfavorável ao início de uma nova paralisação. Depois disso, o sindicato também custeou o transporte de professores do Interior até Fortaleza, para participar da assembleia de ontem. “Mas esse transporte foi oferecido aos professores independentemente de seus posicionamentos”, explicou Reginaldo.




Durante a assembleia desta sexta-feira, que ocorreu sob clima de guerra, defensores da greve bradavam das arquibancadas que o Governo do Estado teria manipulado e até financiado a vinda de professores de várias cidades do Interior para que votassem contra a greve. Para Anízio Melo, presidente da Apeoc, não faz diferença a origem dos professores. “Nós queríamos garantir que todos aqui fossem professores”.
Do lado de fora do ginásio Paulo Sarasate, O POVO observou professores do Interior esperando ônibus alugados que os levariam de volta para suas cidades. Abordados, todos demonstravam receito ao dar qualquer informação e evitavam falar qualquer coisa sobre a assembleia.
Segundo Reginaldo Pinheiro, a Apeoc também recebeu denúncias semelhantes. “Por outro lado, tivemos denúncias até de que, em algumas cidades, agentes da oposição estavam ofertando transporte para professores votarem a favor da greve”.
O POVO tentou contato com o Governo por meio da assessoria de imprensa, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria.
(O POVO)

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